EFEITO DA CATEGORIA ANIMAL NO COMPORTAMENTO EM SALA DE ORDENHA E NA PRODUÇÃO DE LEITE

Karina Soardi, Marcele Sousa Vilanova, Jéssica Mayumi Anami, Raquel Carlos Fernandes

Resumo


Objetivou-se avaliar a variação do comportamento de animais da raça Holandesa, durante a ordenha da tarde. Os animais foram divididos em duas categorias: primíparas (fêmeas de primeira cria) e multíparas (fêmeas de segunda ou mais crias) durante a fase lactante correspondente ao intervalo entre a segunda e a 16ª semana pós-parto. O experimento foi realizado no município de Caxias do Sul/RS-Brasil. Os animais foram selecionados por idade e média de peso corporal aproximada. O delineamento experimental foi completamente casualizado, utilizando-se cinco animais para cada categoria com oito avaliações com intervalo de 15/15 dias. O manejo da propriedade inclui a adaptação das primíparas, 30 dias antes do parto, com a passagem duas vezes ao dia pela sala de ordenha, com objetivo de adaptá-las ao local, aos odores e aos barulhos. As variáveis avaliadas foram: reatividade ao processo de ordenha, realização dos comportamentos de ruminar, defecar e urinar durante a ordenha, tempo em sala de ordenha, tempo de ordenha e tempo de pós-dipping; produção de leite na ordenha da tarde. Os dados foram submetidos a análise da variância (ANOVA) e as médias comparadas pelo teste T (5%). A reatividade e o tempo na sala de ordenha não diferiram significativamente (p>0,05) entre as categorias. As primíparas produziram significativamente (p<0,05) menos leite (10,6L) que as multíparas (15,5L), consequentemente houve diferença significativa no tempo de ordenha, sendo que as multíparas utilizaram mais tempo (6,68 min.) do que as primíparas (5,31min.). No tempo de pós-dipping a categoria animal foi significativamente diferente, sendo maior (1,50 min.) nas primíparas do que nas multíparas (1,15min.). A adaptação prévia ao início da ordenha em animais de primeira lactação minimiza os efeitos estressantes ao animal, ao ato de ordenhar, mas não ao manejo do úbere, como no caso do pós-dipping. Entretanto fisiologicamente a menor produtividade influência nos demais parâmetros de comportamento de ordenha, uma vez que animais jovens estão em pleno desenvolvimento corporal.


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