LEVANTAMENTO PRINCIPAIS DEFENSIVOS AGRÍCOLAS COMERCIALIZADOS NA REGIÃO DOS CAMPOS DE CIMA DA SERRA/RS E REGIÃO DE ALTITUDE/SC PARA USO NA VITIVINICULTURA

Douglas André Wurz, Juliana Reinehr, Adrielen Tamiris Canossa, Marcus Outemane, Leo Rufato

Resumo


Um dos fatores que vem prejudicando os viticultores é a falta de orientação técnica na produção vitícola, muitas vezes o produtor fica na dependência de orientações técnicas passadas pelos representantes das empresas que comercializam agrotóxicos. Nesse contexto, tem-se como objetivo desse estudo, realizar levantamento dos principais fungicidas, inseticidas e herbicidas comercializados por revendas na região dos Campos de Cima da Serra do Rio Grande do Sul e Região de Altitude de Santa Catarina. O presente estudo foi realizado em 2017, através de um levantamento realizado em revendas de produtos fitossanitários, compreendendo os municípios de Vacaria/RS e São Joaquim/SC. O levantamento foi realizado por meio de entrevista, com o vendedor responsável da revendedora, questionando quais os principais fungicidas, inseticidas e herbicidas comercializados na respectiva região. Os fungicidas mais citados foram Orthocide 500 (14,3%), Mythos (10,7%) e Dithane NT (10,7%).  Ao total foram citados quinze diferentes inseticidas comerciais que mais são comercializados pelas revendas nessas duas regiões, com destaque para o Decis 25 EC, com uma frequência absoluta de 07 e frequência relativa de 46,7%, seguido pelo Suprathion citado por duas revendas, com uma frequência relativa de 13,3%.  Observou-se, através dos questionários, que seis produtos estão entre os mais comercializados para a cultura da videira, com destaque o Gramoxone 200, citado por seis revendas, apresentando uma frequência relativa de 50%, e em seguida o Round Up, com frequência relativa de 16,7%.  A maioria dos produtos apresenta classe toxicológica III (45%), seguido da classe toxicológica I (35%), classe toxicológica (14%) e classe toxicológica IV (6%). Nenhum produto citado enquadra-se na Classe Ambiental IV –. Já as classes II, III e I representam 61,3%, 32,3% e 6,5% dos produtos comercializados pelas revendas nas duas regiões vitícolas de estudo.


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DOI: https://doi.org/10.30945/rcr-v21i2.2710

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