COMPOSTOS BIOATIVOS NAS FOLHAS DE GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIROS

Diego Weber, Jessica Fernanda Hoffmann, Caroline Farias Barreto, Nathalia de Avila Madruga, Rosane Lopes Crizel, Jair Costa Nachtigal, Fabio Clasen Chaves, Marcelo Barbosa Malgarim

Resumo


Objetivou-se avaliar os compostos bioativos das folhas de genótipos de maracujazeiros tradicionalmente produzidos no Brasil. O experimento foi conduzido e avaliado entre 2015 e 2016. Os tratamentos foram estabelecidos de acordo com os genótipos: Catarina Roxo, Urussanga, BRS Rubi do Cerrado, Catarina e BRS Sol do Cerrado. As variáveis avaliadas foram: compostos fenólicos totais, teor de flavonoides e capacidade antioxidante (DPPH e ABTS). Os genótipos Catarina e BRS Rubi do Cerrado demonstram maiores teores de fenóis totais em relação aos demais genótipos, para esta variável os menores teores foram observados em folhas dos genótipos Urussanga e Catarina Roxo. O genótipo BRS Rubi do Cerrado foi destaque para a variável flavonoides, diferenciando-se estatisticamente dos demais, a menor média foi observada para o genótipo Catarina Roxo, não se diferenciando estatisticamente do BRS Sol do Cerrado. As folhas do genótipo Urussanga demonstraram maior capacidade antioxidante, tanto para o sequestro do radical DPPH quanto para o radical ABTS. Conclui-se que os genótipos avaliados, tradicionalmente produzidos no Brasil, demonstram compostos bioativos nas folhas, com potencial para exploração.


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