O EFEITO DA BANDAGEM ELÁSTICA FUNCIONAL NA ARTICULAÇÃO HIPERFLEXÍVEL

LETICIA BIANCA JANZEN MARTINS, JULIO CESAR MARKUS, MAÍSA MAIARA PADILHA RODRIGUEZ

Resumo


Introdução: As articulações hiperflexíveis são comuns; alguns estudos sugerem uma prevalência de 10 a 25% na população geral, especialmente em caucasianos. É mais comum em meninas, e surge tanto na infância como na adolescência. A bandagem funcional é um método que tem como objetivo a estimulação do sistema tegumentar por meio da estimulação somatossensorial, o que pode proporcionar alívio de dor; melhora da circulação sanguínea e linfática; limitar movimentos indesejados; corrigir a biomecânica do tecido ou articulação; comprimir uma lesão recente para reduzir edema; facilitar o processo de cicatrização; proteger ou dar suporte a estruturas lesadas durante os exercícios de reabilitação. Sendo assim, a mesma técnica de bandagem funcional pode ser aplicada por razões diferentes em diversas regiões do corpo. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo verificar o efeito do uso da bandagem elástica funcional como técnica isolada para o tratamento da hiperextensão de cotovelo, analisando o seu efeito imediato durante a aplicação, bem como a persistência de seus efeitos após a sua retirada. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa experimental com uma voluntária do gênero feminino com 23 anos de idade. A mesma foi avaliada através de um goniômetro, onde se aferiu os valores de -10° no membro direito e -8° no membro esquerdo, confirmando uma hiperextensão de cotovelo. Foram realizadas cinco aplicações da bandagem utilizando 80% de tensão a fim da correção funcional, sendo aplicada de distal para proximal com a articulação do cotovelo em semi-flexão. A voluntária foi instruída a manter a bandagem por cinco dias e permanecer dois dias sem. Resultados: Após as cinco aplicações obtiveram-se os valores de -1°, pelo goniômetro, em ambos os membros. A paciente foi novamente avaliada e acompanhada por mais cinco semanas sem a utilização da bandagem para verificar a durabilidade dos resultados obtidos. A partir da primeira semana sem a aplicação da bandagem não houve alteração dos resultados, porém na quinta semana sem aplicações, tanto o membro direito quanto o esquerdo estavam com 1° de extensão. Após três meses, a voluntária foi submetida a uma última avaliação sem o uso da bandagem e foi verificado alterações no ângulo do membro esquerdo de -2°, e no direito de - 4°. Conclusão: Conclui-se que a bandagem atuou com efeito facilitador e positivo na ativação muscular, diminuindo consideravelmente a hiperextensão de cotovelo. Contudo, com o passar do tempo e sem aplicações recorrentes poderá haver aumento dos ângulos adquiridos anteriormente. Logo, sugere-se que mais estudos sejam desenvolvidos em relação à persistência dos estímulos que a bandagem elástica funcional oferece. Complementa-se ainda, que essa técnica seja aplicada como coadjuvante nesse tipo de tratamento aliando-se ao reforço muscular.


Palavras-chave


Hiperextensão de cotovelo; Bandagem; Correção funcional.

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