USO DE PSICOFÁRMACOS EM PACIENTES INTERNADOS NO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE BAGÉ, RS

FLAVIA FERREIRA PEÇANHA, JAIZOR DA SILVA JONCO, ANA PAULA SIMÕES MENESES, ANA CAROLINA ZAGO

Resumo


Introdução: Os psicofármacos são definidos como aqueles que afetam o humor e o comportamento. Algumas investigações colocam o grupo dos psicotrópicos dentro daqueles de maior utilização, com graves consequências na saúde individual e coletiva.  A utilização de psicofármacos aumentou de modo alarmante nos últimos anos, principalmente nos países industrializados, conforme dados da comissão internacional de fiscalização de entorpecentes, organismo depende da ONU. Devido às suas características farmacocinéticas e farmacodinâmicas, sabe-se que muitos deles provocam fenômenos de dependência, tolerância e perigosas interações com substâncias, como o álcool. Este estudo se justifica no intuito de contextualizar com a realidade hospitalar os dados coletados, visto que a utilização de psicofármacos tem aumentado de forma expressiva nos últimos anos, tem-se atribuído ao aumento da frequência de diagnósticos de transtornos psiquiátricos na população. Objetivo: O objetivo desta pesquisa foi verificar a prevalência da prescrição de psicofármacos mais dispensados no hospital universitário de Bagé. Metodologia: Através do delineamento observacional retrospectivo de relatórios de saída dos fármacos da farmácia principal do Hospital Universitário de Bagé nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2017. O Hospital apresentava no período da pesquisa vinte e seis leitos, no qual dezoito estavam ocupados por pacientes com diagnóstico de dependência química. Resultados: A lista de padronização hospitalar contempla 20 psicofármacos, sendo prescritos no período do estudo um montante de 1.261 unidades, representados pelas classes de neurolépticos (47,5 %), antidepressivos (41,5 %) e ansiolíticos (11 %) sendo que os medicamentos em forma de comprimidos mais dispensados foram a Risperidona (384 comprimidos) seguido de Valproato de Sódio (337 comprimidos), Diazepam (263 comprimidos), Carbamazepina (262 comprimidos) e Clorpromazina (139 comprimidos). Observa-se, entretanto, que ocorreu flutuação na frequência de uso dos medicamentos apresentados no período estudado, inferindo a necessidade do paciente em cada mês.  Conclusão: Os dados mostram que o uso de psicóticos é uma realidade no contexto hospitalar, tanto o uso da risperidona, quanto o uso do valproato de sódio podem estar associados às condições de processos tanto depressivos, quanto convulsivos, consecutivamente, sendo utilizados também para ansiedade e para tratamento do transtorno do humor bipolar.


Palavras-chave


Psicofármacos, dependência química, paciente.

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