RELATO DE CASO DO USO DE CHEMITRIL 2,5% EM CASOS DE TRAQUEOBRONQUITE INFECCIOSA CANINA EM BAGÉ, RIO GRANDE DO SUL.

VICTORIA SCOTT SOUSA SCARDOELLI, Patricia de Freitas Salla

Resumo


A incidência de casos de Traqueobronquite infecciosa ou Tosse de Canis em Bagé, Rio Grande do Sul, é recorrente devido as baixas temperaturas do inverno, onde chegam em média a 3ºC acompanhado da umidade do ar fato epidemiológico que agrava a incidência de casos na região. A alta densidade de animais por pessoa na cidade acompanhada da baixa taxa de profilaxia e o alto número de animais que vivem em situação de rua faz com a doença se dissemine nos meses de junho e julho. A Bortedella bronchiseptica é de suma importância na etiologia da Tosse de Canis, pois ela é o agente primário da doença, assim como o adenovírus canino tipo 1 e 2, parainfluenza canina e o vírus da cinomose a herpesvírus e reovírus também possuem relação, porém em menos relevância. Esta doença acomete cães em qualquer faixa etária que estão em locais de alta densidade como pet-shops, casas de passagem, locais onde os tutores passeiam como os animais como praças, veterinárias e também cães mantidos em domicílio independente da faixa etária, sendo mais agravante em animais idosos pela alta probabilidade de cardiopatias, pois o contato com essa bactéria pode levar a morte do animal. A fácil transmissão da doença faz com que os relatos de caso se disseminem, visto que o contagio é pelo ar pelas secreções respiratórias dos animais doentes. Após o animal ter se infectado, os agentes virais da Tosse dos Canis poderão ser transmitidos por cerca de duas semanas, já para a B. bronchiseptica, a transmissão pode ocorrer por mais de 3 meses, fato que preocupa, pois o fácil contagio alinhado ao tempo de transmissão faz com que os animais difundam a doença e a falta de um tratamento adequado faz com que a doença torne um quadro de Pneumonia. Os animais a partir de duas semanas de idade já estão suscetíveis à doença. Já existe profilaxia por vacinas, a mais usual é a CH(A2)PPi/LR  que o Conselho Regional de Medicina aconselha, pois ela protege contra o vírus parainfluenza e reduz os sintomas da infecção secundária e posterior caso de Pneumonia. Mas o controle sanitário também é de suma importância, assim como um maior cuidado com o animal nos meses de inverno. O uso de Chemitril 2,5% tem sido aprovado pelo Médico Veterinário Paulo Roberto Scardoelli e pelos tutores dos animais, visto que é a base de Enrofloxacino, onde a bactéria gram-negativa  Bordetella bronchiseptica é sensível, seu tratamento é rápido, não traz riscos ao paciente e é um medicamento acessível pelo seu baixo preço comercial.

            


Palavras-chave


MEDICINA VETERINARIA

Texto completo:

PDF

Apontamentos

  • Não há apontamentos.