CONCILIAÇÃO MEDICAMENTOSA ENQUANTO ESTRATÉGIA DE SEGURANÇA DO PACIENTE EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE PEQUENO PORTE DA REGIÃO DA CAMPANHA

DIONER TRINDADE, Alice Cruz Fernandes, Gisele Camponogara

Resumo


Introdução: Erros de medicação são definidos como qualquer evento que pode levar ao uso inapropriado de um medicamento podendo causar dano ao paciente. São considerados um tipo de evento adverso que podem levar a importantes agravos à saúde dos pacientes, com importantes repercussões econômicas e sociais. São ocorrências comuns e podem assumir dimensões clinicamente significativas e impor custos relevantes aos sistema de saúde. Desta forma, sua ocorrência impacta diretamente na segurança do paciente. A conciliação medicamentosa é descrita como um processo para a obtenção de uma lista completa precisa e atualizada dos medicamentos que cada paciente que interna no hospital utiliza em casa (incluindo nome, dosagem, posologia e via de administração) comparada com as prescrições médicas feitas na admissão do paciente. Esta lista é usada para aperfeiçoar a utilização dos medicamentos, evitar ou minimizar erros de transcrição, omissão, duplicidade terapêutica e interações medicamentosas.  Objetivo: Avaliar a adesão médica perante esta ferramenta de trabalho e o impacto na segurança e qualidade de atendimento do paciente no Hospital Universitário de Bagé/RS. Metodologia: A pesquisa baseia-se na análise de dados através da aplicação de um formulário na avaliação farmacêutica inicial de cada paciente na admissão, com os seguintes ítens a serem preenchidos: nome do medicamento, dose, posologia, tempo de tratamento e nível de adesão ao tratamento. Além disso, realiza-se a conferência de possíveis alergias medicamentosas. Resultados: a pesquisa encontra-se em andamento e os resultados parciais revelam que  na implementação da rotina de conciliação, período que compreende os trinta primeiros dias, a adesão médica foi de aproximadamente 60%. Contudo, são dados preliminares que podem mudar ao longo da pesquisa pois está sendo feito concomitantemente à educação médica. Considerações finais: Estudos têm demonstrado que o processo de conciliação medicamentosa tem grande impacto na prevenção de eventos adversos relacionados a medicamentos, sendo eficiente na redução das discrepâncias encontradas entre as prescrições hospitalares e os medicamentos utilizados em casa, promovendo assim a redução dos erros de medicação em cerca de 70%. Com isso, a conciliação medicamentosa é uma ferramenta chave na prevenção de eventos adversos, tanto que organizações internacionais de acreditação consideram a conciliação medicamentosa uma prioridade.


Palavras-chave


conciliação medicamentosa; segurança do paciente; farmácia clínica.

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