A crônica futebolística de Nelson Rodrigues

VINICIUS MACHADO DE VARGAS, Fernanda da Silva Couto, Idene Mariano Godois

Resumo


Este artigo tem como objetivo apresentar uma sugestão de leitura sobre as características literárias de Nelson Rodrigues, presentes em suas crônicas futebolísticas, gênero adotado na obra A Pátria de chuteiras, um livro que possui um compilado de crônicas publicadas nas décadas de 1950 e 1970. Entretanto, objetiva-se também o entendimento do que são crônicas, suas características e funções. O presente trabalho foi desenvolvido com auxílio de pesquisa bibliográfica, que contou com o embasamento teórico a partir de estudos de autores da Teoria da Literatura e Crítica Literária como Antônio Cândido e Maria Helena Martins, além de outras fontes fidedignas que tratam do assunto em questão. Contata-se que Nelson Rodrigues utilizava dois tipos distintos de crônicas em seus trabalhos: as crônicas literárias e as crônicas futebolísticas, ambas com características distintas. Sabe-se que de acordo com estudos já realizados, a crônica é um gênero híbrido, situado entre a ficção e a realidade. Sendo assim, vemos em Nelson Rodrigues a mostra do perfil do povo brasileiro, que traz na sua formação a multiplicidade de culturas que dissemina a tese de que o futebol é símbolo de uma entidade nacional, representada também por outras raças que compõem o povo do Brasil. Isso tudo sem romper com a ficção típica das técnicas de escrita da literatura brasileira. Conclui-se assim, que Nelson Rodrigues influenciou de maneira positiva em suas crônicas literárias com contextualização futebolística, utilizando-se de temas pouco abordados em sua época, o que contribuiu para que ele se tornasse um autor polêmico e irreverente que além de  ser o criador de uma nova modalidade de arte, foi também o mestre de muitos outros artistas brasileiros que até hoje veem nele o exemplo de inovação e criatividade.


Palavras-chave


Nelson Rodrigues; literatura; inovação

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