A ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM FRENTE À VIOLÊNCIA SEXUAL EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Thais Funari Delgado, Ana Paula Ferreira Junguitu, Solange Spenst Wall, Fabricio Pimenta Beck, Simone Paiva da Rosa, Lúcia Azambuja Vieira

Resumo


A organização mundial da saúde (OMS) define abuso sexual de criança como “envolvimento de uma criança em atividade sexual que ele ou ela não compreende totalmente, não tem capacidade para dar seu consentimento informado ou para o qual a criança por seu desenvolvimento não está preparada e não pode consentir ou que viola as leis ou tabus sociais”. Entende-se que a enfermagem, enquanto uma pratica social, deve se apropriar de maior conhecimento sobre a temática em estudo e estabelecer no seu processo de trabalho a dimensão cuidadora na perspectiva do cuidado individual e coletivo, por meio da sua pratica clinica, educacional e administrativa/gerencial, respondendo a uma dimensão de necessidades e demandas. O objetivo desta pesquisa foi verificar a atuação da enfermagem frente à violência sexual em crianças e adolescentes. O estudo é de cunho bibliográfico, e o levantamento de dados foi realizado nas bases de periódicos da BVS (Biblioteca Virtual de Saúde) acessado em SCIELO (Scientific Eletronic Library). Após a seleção dos textos, procedeu-se a leituras exaustivas, e foram identificadas as unidade de registro que foram agrupadas em núcleos temáticos que emergiram das publicações. Obtiveram-se os seguintes resultados: A qualificação profissional do enfermeiro foi mencionada como uma urgência para o efetivo enfrentamento da violência sexual, por outro lado, a falta dessa qualificação e apontada como uma das causas do descompasso entre a atuação do profissional e as necessidades das vitimas. O diagnostico da violência sexual contra crianças e adolescentes é enfatizado como o primeiro passo na atenção à saúde da vitima, sendo evidenciada a importância da anamnese e do exame físico como primordial para a identificação de sinais físicos e comportamentais. Assim conclui-se que o (a) enfermeiro (a) e outros profissionais de saúde apresentam dificuldades ao se depararem com crianças e adolescentes vitimizados e se vêem em meio a conflitos relacionados a normas culturais, éticas e legais, o que requer conhecimento da legislação para uma assistência efetiva as necessidades das vítimas e das suas famílias. Evidencia-se a necessidade de incluir esse tema na formação do enfermeiro, no sentido de instrumentalizá-lo para a sua atenção junto a crianças e adolescentes em situação de violência sexual.


Palavras-chave


criança, adolescente, enfermagem e violência sexual

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