NEOPLASIA MAMÁRIA E PIOMETRA UTERINA EM UMA FÊMEA CANINA: Relato de Caso

MIGUEL FONSECA

Resumo


A neoplasia mamária e a piometra uterina são diagnósticos comuns na clínica de pequenos, sendo a neoplasia mamária a mais diagnosticada quanto as demais, que corresponde a 52% em relação as outras. Pesquisadores aceitam o fato de que a ovariectomia associada à mastectomia é uma das medidas terapêuticas aplicadas às fêmeas que apresentam essas neoplasias mamárias, pois um dos fatores que desencadeia a mesma é o alto nível de estrógenos, entretanto, as fêmeas apresentam uma maior taxa de sobrevida quando comparadas com aquelas que passam apenas pelo processo de mastectomia.  A piometra é um quadro clínico patológico, devido a uma infecção que se aloja no útero, acomete principalmente as fêmeas com mais de cinco anos. Problemas hormonais como elevação dos níveis plasmáticos de progesterona, esteroides, predisposição genética, estão entre os principais fatores pré disponentes. A progesterona se eleva para preparar o útero para uma possível gestação, caso a mesma não ocorra, as paredes uterinas continuam a engrossar, propiciando um ambiente favorável ao desenvolvimento de bactérias, já que a progesterona elevada inibe as contrações uterinas e a possível expulsão dessa infecção.  A ultrassonografia abdominal é um dos métodos que permite o diagnóstico da piometra. O presente trabalho relata o caso de uma fêmea da raça Golden retriever, de sete anos de idade que apresentou nódulos na cadeia mamária, e aumento de volume abdominal. Mediante o quadro optou-se por realizar a ultrassonografia para um correto diagnóstico. Confirmada a piometra, o animal foi submetido a cirurgia. Contudo, neste relato de caso a cadela passou pela ovariectomia e na sequência foi feita a exérese da cadeia mamária para oferecer uma melhor qualidade de vida.

Palavras chave: Adenocarcinoma; cadela; ovariectomia.


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