Osteossintese de úmero em um felino

MAURICIO MACHADO CARLLOSSO, Luis Felipe Dutra Corrêa, Dandara Do Amaral Roberto, Scarlette Bardim Arebalo

Resumo


Fratura óssea é qualquer divisão do osso em dois ou mais fragmentos, sendo ele dividido parcialmente, completamente ou apenas trincado. Os traumas em pequenos animais ocorrem geralmente por quedas, esmagamentos ou impactos, na maioria das vezes ocasionam dor ao animal acometido, sendo a intervenção medico veterinária indispensável. Em gatos, as fraturas umerais representam 13% das casuísticas, em geral associadas a impactos de alta energia, como acidentes alto-mobilisticos e por impactos de projeteis de armas de fogo, nestes casos a osteossintese é a técnica amplamente utilizada. O presente trabalho tem como objetivo, descrever o caso de ostiossintesse, em um felino atingido por disparo de arma de fogo. Chegou ao hospital veterinário um felino com uma perfuração na altura do osso úmero direito. Ao exame clinico, os padrões fisiológicos como temperatura, frequência cardíaca, frequência respiratória, e linfonodos mostravam-se dentro da normalidade para a espécie. Na palpação, o animal apresentava solução de continuidade sanguinolenta saindo pelo orifício. Solicitaram-se exames complementares como radiografia e exames de hemograma e bioquímicos. Na radiografia, apresentou-se fratura comunitiva com imagens radiopacas sugestivas de estilhaços de projeteis. No exame de hemograma acusou leve leucocitose podendo ser decorrente da inflamação ocasionada pela lesão. Diante das analises, solicitou-se jejum e o animal foi encaminhado no dia seguinte para cirurgia de ostiossintese. No procedimento cirúrgico, após orientação da fratura, introduziu-se um pino intramedular e quatro fixadores externos. O animal recebeu alta com antibioticoterapia a base de amoxicilina (22mg.kg-1, VO, a cada 12 horas, durante 10 dias), anti-inflamatório a base de cetoprofeno (1mg.kg-1, VO, a cada 24 horas, durante 3 dias) e analgesia com cloridrato de tramadol (1mg.kg-1 VO, a cada 12 horas durante 7 dias). A limpeza dos fixadores era realizada com solução fisiológica a cada 12 horas. O animal em 48 horas após procedimento cirúrgico, já retornou breve movimento do membro afetado mostrando o sucesso da intervenção cirúrgica, estando ainda em tratamento. Conclui-se então, que fraturas ocasionadas por projeteis de arma de fogo, se tivermos superfícies ósseas em contato que permitam a osteossintese, a técnica de associação pino intramedular com fixadores externos mostra-se uma ótima opção cirurgia de prognostico favorável à reservado, assim proporcionando ao animal uma adequada qualidade de vida com retorno da função do membro.

 

Palavras-chave: projetil, fratura, felino.


Palavras-chave


Projetil; fratura; felino

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