AVALIAÇÃO MORFOAGRONÔMICA DE MUDAS DE MOSTARDA EM DIFERENTES SUBSTRATOS

HUENDRIO BRIÃO EINHARDT, Ana Maria Oliveira Bicca, QUELEN DE OLIVEIRA

Resumo


A mostarda é uma hortaliça da família das Brassicaceae. Há cultivares para a produção de folhas e outras cultivares para a produção de grãos. A produção de mudas constitui-se uma das etapas mais importantes do sistema produtivo hortícola, pois dela depende o desempenho final das plantas nos canteiros de produção, tanto do ponto de vista nutricional, quanto do tempo necessário à produção e, portanto, do número de ciclos produtivos possíveis por ano. O uso de bandejas proporciona economia de substrato e espaço dentro da casa de vegetação, produzindo mudas de boa qualidade com alto índice de pegamento após o transplante, além de utilizar menos tratamentos fitossanitários. O substrato pode ser conceituado como o meio onde se desenvolvem as raízes das plantas produzidas em sementeiras e/ou viveiros de mudas olerícolas, ornamentais, frutíferas ou silvícolas. Este deve garantir por meio de sua fase sólida a manutenção mecânica do sistema radicular e oferecer estabilidade para a planta; da fase líquida o suprimento de água e nutrientes e; da fase gasosa, o fornecimento de oxigênio e a condução de dióxido de carbono entre as raízes e o ar atmosférico.O objetivo do presente trabalho foi avaliar as características morfoagronômicas  de mudas de mostarda, em diferentes substratos comercial, misturas orgânicas e minerais formuladas a partir de matéria prima disponível na região, visando encontrar substratos que minimizem o custo da produção de mudas de hortaliças.  Este trabalho foi desenvolvido no Campus Rural da Universidade da Região da Campanha (URCAMP Bagé-RS), em ambiente protegido sob irrigação por aspersão duas vezes ao dia, a semeadura foi realizada em bandejas de poliestireno, com quatro tipos de substratos e 3 repetições. Os substratos utilizados foram: comercial Tropstrato 100% (T1); Tropstrato 25% + casca de arroz 12,5% + vermicomposto 60% (T2), terra de mato 50% + serragem 10% + esterco bovino 40% (T3); terra 40% + perlita 20% + vermicomposto 40% (T4). As variáveis analisadas foram: Altura da planta, números de folhas, comprimento da raiz, massa verde da parte aérea e raiz, massa seca da parte aérea e raiz. O delineamento utilizado foi de blocos inteiramente casualizados. Os resultados obtidos foram analisados estatisticamente pelo software SASM-Agri pelo método de Duncan com grau de variância a 5%. Verificamos que para as variáveis, comprimento da raiz, massa seca da raiz, massa verde da raiz, não houve diferente significativa entre os tratamentos. Para as variáveis altura de planta, massa seca da parte aérea, o melhor tratamento foi o T3 diferindo dos demais e para a variável número de folhas o melhor tratamento foi o T4. Conclui-se que o T3 constituído de terra de mato 50% + serragem 10% + esterco bovino 40% pode substituir o substrato comercial, sendo possível produzir mudas de qualidade utilizando misturas de substratos orgânicos.

 


Palavras-chave


Massa verde; massa seca; comprimento raiz;

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