ANOMALIA GENÉTICA EM GATO PERSA LIGADA À PELAGEM RED

JANAINA FERREIRA BECK, PATRÍCIA DE FREITAS SALLA, DIULI SANTOS DA SILVA, JESSICA DELLAVECHIO PREVEDELLO, ANDRESSA DOS SANTOS RESEM

Resumo


Introdução: Os “laranjas”, como eram conhecidos os gatos persas red, que já habitavam a Inglaterra desde 1895. A maioria dos gatos selvagens apresenta pelagem curta ou média, e os de pelo longo talvez tenham aparecido em países de clima frio, mas o mais provável é que tenham surgido de mutações espontâneas, perpetuadas pelos cruzamentos híbridos. Na década de 1930, um criador alemão produziu excelentes exemplares da raça, mas seu plantel foi destruído na Segunda Guerra Mundial. A raça permaneceu rara na Inglaterra durante a década de 1940, mas o ressurgimento de interesses e a criação seletiva, asseguraram a presença da raça nos dias atuais. Vermelhos Peke Faced (cara de pequinês) e Tabbies Vermelhos às vezes aparecem como mutações genéticas espontâneas em ninhadas normais. Tais variedades são controversas, pois o achatamento extremo das características faciais pode causar dificuldades respiratórias, além de problemas de pele. Objetivos: O presente relato de caso, tem por objetivo informar e evidenciar a existência de anomalias genéticas, ligadas ao gene da pelagem red em gatos persas.  Metodologia: Foi realizado o acompanhamento e observação do caso, em que uma gata persa de pelagem lilás, com quatro anos de idade, cruzou com um gato de três anos de pelagem creme e pariu dois gatos, machos, no dia 26 de dezembro de 2016. Sendo um dos filhotes normal e o outro com características indicativas de anormalidades. Resultados: No primeiro filhote, de pelagem red, a mãe não fez a limpeza, sendo necessária ajuda humana para a retirada dos envoltórios e aquecer o filhote. Após isso ele foi colocado junto à mãe e mamou normalmente. O outro filhote de pelagem blue não foi necessário nenhuma ajuda. No terceiro dia de vida, notou-se que ele tinha dificuldade de se alimentar na mãe, e a partir daí foi alimentado com substituto do leite materno a cada duas horas. Por volta dos 7 dias de vida, foi visível a diferença de crescimento entre ele e o irmão. O filhote não tinha a anatomia perfeita, a cabeça apresentava irregularidades e afundamentos. Os olhos se mantinham inflamados e com secreção purulenta, mesmo antes de abrirem o que ocorreu somente aos 15 dias de idade. Em nenhum momento o filhote ganhou peso significativo e sempre se manteve em estado debilitado e fraco, mesmo se alimentando bem. Fazia tentativas de caminhar mas só teve força suficiente aos 40 dias. O filhote não apresentava uma capacidade mental diferente dos outros. No dia em que completou dois meses ele mamou pouco, e recusou as tentativas de alimentá-lo, vindo à óbito um dia depois. Não foi feita a necropsia e tampouco investigações do motivo da morte, sendo esta a segunda cria da gata, em que o filhote de pelagem red vinha a óbito por motivos desconhecidos. Considerações finais O estudo das mutações genéticas ligadas a pelagem red é muito importante para que tenhamos filhotes persas saudáveis no futuro, pois como sabemos, eles são resultado de uma alteração no DNA, porém ainda são necessárias pesquisas para que possamos entender onde está o real problema, e tentar resolvê-lo.

 

Palavras-chave: gato persa; anomalia genética; pelagem red;


Palavras-chave


Gato persa; Anomalia genética; Pelagem red;

Texto completo:

PDF

Apontamentos

  • Não há apontamentos.