EVOLUÇÃO DE UM PACIENTE COM ESPONDILITE ANQUILOSANTE: RELATO DE CASO

LUISE LIMA DOS SANTOS, Ionara Zavarese Hoffmeister

Resumo


Introdução: A espondilite anquilosante (EA) é uma patologia inflamatória crônica, que atinge preferencialmente a coluna vertebral, podendo ser associada à rigidez e limitação funcional progressiva do esqueleto axial. Geralmente a EA se inicia no adulto jovem (2a a 4a décadas da vida). O sintoma inicial é lombalgia de ritmo inflamatório, com rigidez matinal prolongada e predomínio dos sintomas axiais durante sua evolução. Objetivos: Relatar o atendimento e evolução de uma paciente com EA, que foi acompanhada durante um estágio de observação acadêmica; Analisar a evolução do quadro álgico, através da escala de dor analógica (EVA); Verificar através do relato da paciente, as mudanças na mobilidade de quadril, lombar, joelho; Observar se ocorreu diminuição do grau de tensão muscular. Metodologia: O presente estudo foi analisado no período de março a junho de 2017, totalizando 25 sessões de fisioterapia, realizadas 02 vezes por semana; Dados apresentados na primeira sessão: Paciente M.C.O.L do sexo feminino 55 anos, profissão massoterapeuta, iniciou o tratamento em março de 2017, relatando dor em grau 7, nos ombros, cotovelos, cervical, lombar, tornozelo, dedos do pé e mão; Histórico da doença: Em 2013 a paciente relatou ter caído e fraturado o cóccix, desde então sentia dores no cóccix e coluna, após ter passado por vários médicos, foi encaminhada ao reumatologista que a diagnosticou com EA, porém já sentia fortes dores nas articulações há 10 anos; Diagnóstico fisioterápico: dor global, fraqueza em MMSS e MMII; Condutas: Massoterapia, Cinesioterapia (mobilizações e alongamentos globais), reforço global, manobras miofasciais, ultrassom e bandagem. Resultados Conforme as sessões, a paciente apresentou melhora da rigidez, mobilidade, dor, força e grande diminuição da fadiga muscular em algumas regiões como quadril, lombar, joelho, onde foram utilizadas manobras miofasciais, ultrassom, alongamentos e aplicação da bandagem.  Notou-se diminuição da tensão muscular, através da palpação realizada antes dos procedimentos terapêuticos.  Tais achados, foram reforçados pela paciente que também relatou sensação de diminuição da tensão muscular e rigidez articular; Evolução do grau de dor: Na primeira sessão a paciente apresentou dor em grau 7, onde manteve-se até a segunda sessão. Na terceira sessão a paciente relatou melhora, e afirmou estar mais disposta para realizar as AVD’s, após o termino da sessão estava com grau de dor em 2. Na quarta e quinta sessão a dor permaneceu em 5, onde estava presente somente no quadril. Na oitava sessão a paciente chegou na fisioterapia relatando estar com uma crise de dor, relacionada a efeitos colaterais de um medicamento, apresentando dores em todo o corpo (exceto cabeça), neste dia a paciente avaliou sua dor em 10, e no fim da sessão em 6.  No último atendimento a paciente relatou no início da sessão grau 5 e no final grau 1; Considerações finais: Ao final do período de atendimento, selecionado para o estudo, conclui-se que, apesar de ser uma doença crônica, que exige cuidados permanentes com a saúde, considera-se ter alcançado os objetivos propostos. Com relação à dor conseguiu-se melhora e/ou manutenção em níveis mais baixos no grau de dor. A sensação de mobilidade e diminuição da rigidez, também foi relatada pela paciente, assim como a constatação de diminuição da tensão muscular observada pelo estagiário.

Palavras-chave: espondilite anquilosante; fisioterapia; alivio da dor.


Palavras-chave


Palavras-chave: espondilite anquilosante; fisioterapia; alivio da dor.

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