PROPAGAÇÃO DE PORTA-ENXERTOS DE PESSEGUEIRO POR ALPORQUIA E SOBREVIVÊNCIA APÓS PLANTIO NO CAMPO

Moacir da Silva Rocha, Doralice Lobato de Oliveira Fischer, José Carlos Fachinello, Juliano Dutra Schmitz, Mateus da Silveira Pasa, Valmor João Bianchi

Resumo


A região Sul do Brasil é a principal produtora de frutíferas de caroço, com destaque para o Rio Grande do Sul que apresenta a maior produção, sendo também o principal produtor de mudas. No que tange a produção de mudas de pessegueiro e ameixeira, ainda predomina o uso de enxertia das cultivares copa sobre porta-enxertos produzidos por sementes, obtidas nas indústrias de conserva, tendo como inconveniente a alta variabilidade genética entre seedlings. A propagação clonal é uma alternativa desejável e mais recomendada para a produção de porta-enxertos, uma vez que possibilita manter as características genéticas da planta matriz. A propagação clonal têm sido estimulada por meio de diversos trabalhos de pesquisa, porém, em nível comercial, o uso de porta-enxertos propagados vegetativamente ainda tem sido pouco explorado no Brasil. Sendo assim, com este trabalho teve-se por objetivo verificar o potencial de multiplicação e sobrevivência a campo de diferentes porta-enxertos de pessegueiro [Prunus persica (L.) Batsch], propagados de forma clonal por alporquia. O trabalho foi realizado na Frutplan Mudas Ltda e no Pomar Didático do Centro Agropecuário da Palma, FAEM/UFPel, Capão do Leão, RS. A clonagem foi realizada em dois experimentos independentes. O experimento I, constituiu da alporquia dos porta-enxertos das cultivares Aldrighi, Tsukuba 1, Okinawa, Flordaguard e Nemaguard, que foram avaliados em duas épocas (60 e 90 dias após realização da alporquia). No experimento II, realizou-se alporquia de ramos dos porta-enertos ‘Nemared’, ‘Kutoh’, ‘Nagano Wild’ e ‘GF 677’, que foram avaliados somente aos 90 dias após realização da alporquia. Os ramos foram tratados com 3.000 mg L‾¹ de ácido indolbutírico, no local da lesão, e postos para enraizar em dois substratos: vermiculita e uma mistura (vermiculita + Plantmax® - 1:1). Para o experimento III foram utilizadas as plantas dos nove porta-enxertos obtidas nos experimentos I e II, que foram plantados no campo. Verificou-se que ‘Tsukuba 1’ apresentou maior porcentagem de enraizamento dos alporques, nas duas épocas de avaliação. Quando os alporques foram removidos em outubro (90 dias), os valores de comprimento da maior raiz foram superiores aos valores obtidos em setembro (60 dias). Os substratos utilizados, influenciaram de maneira semelhante na propagação dos porta-enxertos por alporquia. Dentre os porta-enxertos utilizados, ‘Okinawa’ e ‘Flordaguard’ destacaram-se, mostrando boa capacidade de multiplicação (com 80 a 95% de ramos enraizados) com taxa de sobrevivência a campo de 80%.


Palavras-chave


Prunus sp., rosaceae, mergulhia aérea, clonagem.

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