VARIABILIDADE GENÉTICA EM PLANTAS DO GÊNERO Alternanthera Forssk. (Amaranthaceae)

Valmor João Bianchi, Silvia Rubin, Juliana de Magalhães Bandeira, Elen Nunes Garcia, José Antonio Peters, Eugenia Jacira Bolacel Braga

Resumo


O gênero Alternanthera Forssk. é um importante representante da família Amaranthaceae e é popularmente conhecido por conter aminoácidos, flavonas glicosídeos, esteroides, saponinas, lipídios e vitaminas, os quais conferem às diversas espécies desse gênero, potencial uso medicinal. Devido às características genéticas próprias de cada genótipo, a mesma espécie pode apresentar indivíduos com diferenças morfológicas, assim como na sua constituição química. Assim, o estudo da variabilidade intra e interespecífica é importante para estabelecer uma relação genética inicial entre indivíduos para posteriores estudos das características fitoquímicas, visando identificar genótipos superiores que, independentemente de condições ambientais, apresentem um ganho em quantidade e qualidade do produto. O objetivo deste trabalho foi caracterizar molecularmente e avaliar a similaridade genética entre diferentes espécies do gênero Alternanthera [A. philoxeroides (Mart.) Griseb, A. brasiliana (L.) Kuntze, A. dentata (Moench) Stuchlik, A. tenella Colla e A. sessilis (L.) DC.], provenientes de diversas localidades, com marcadores moleculares RAPD. Dos 31 primers RAPD utilizados, todos apresentaram polimorfismos, mas somente o polimorfismo gerado com 14 primers foi considerado para o cálculo de similaridade genética. Dos 364 perfis eletroforéticos avaliados, 99% foram polimórficos. A similaridade genética estimada com base no coeficiente de Dice, variou de 0,06 entre os genótipos 6 (A. philoxeroides) e 10 (A. sessilis), porém foi de 1,00 entre os genótipos 3, 4 e 5 (A. dentata). A similaridade genética média entre os genótipos avaliados foi de 23% (r=0,99). Pela análise do dendrograma de similaridade constatou-se a formação de seis subgrupos principais, os quais compreendem as espécies A. dentata, A. philoxeroides A. tenella A. sessilis e dois sub-grupos formados por acesso de A. brasiliana;  provenientes de duas localidades distintas. Com base nos resultados conclui-se que a técnica de RAPD foi eficiente em revelar polimorfismo interespecífico e na caracterização eficaz dos acessos das diferentes espécies estudadas.


Palavras-chave


RAPD, plantas medicinais, similaridade genética.

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