Eficiência produtiva de pessegueiros ‘Maciel’ enxertados em diferentes porta-enxertos

Caroline Farias Barreto, Marines Batalha Moreno Kirinus, Pricila Santos da Silva, Carina Radmann Schiavon, Marcelo Barbosa Malgarim

Resumo


É amplamente conhecido que o porta-enxerto influencia o desempenho agronômico de plantas frutíferas. Para atender a demanda do mercado de pêssego, o cultivo no Rio Grande do Sul depende da otimização de combinações de cultivares copa e porta-enxerto. Na cultura do pessegueiro, o porta-enxerto influencia no desenvolvimento da cultivar copa, área da seção do tronco, volume da copa, eficiência produtiva, produtividade, entre outros. Sendo necessários estudos com diferentes porta-enxertos para determinar combinações produtivas e retorno econômico ao produtor. Avaliar a eficiência produtiva de pessegueiro ‘Maciel’ enxertadas sobre diferentes porta-enxertos na Região Sul do Brasil. O experimento foi realizado no pomar Centro Agropecuário da Palma na Universidade Federal de Pelotas, RS. As avaliações foram realizadas nas safras 2014/2015 e 2015/2016 nos pessegueiros ‘Maciel’ enxertadas sobre ‘Aldrighi’, ‘Capdeboscq’, ‘Flordaguard’, ‘Nemaguard’, ‘Okinawa’, ‘Tsukuba’, ‘Umezeiro’ e ‘Seleção Viamão’. O delineamento experimental utilizado foi casualizados em blocos com três repetições de cinco plantas por unidade experimental, sendo avaliadas as três plantas centrais. As variáveis avaliadas foram: Eficiência produtiva com base no volume de copa expresso por Kg pl-1/volume de copa m-3 (EPVC) e eficiência produtiva com base no diâmetro de tronco expresso por Kg pl-1/diâmetro de tronco cm-1 (EPDT), comprimento (cm) e espessura (mm) do ramo produtivo e número de gemas por ramo. Realizou-se análise de variância e procedeu-se análise entre as médias pelo teste de Tukey (p<0,05). Na safra 2014/2015, a EPVC foi maior nos porta-enxertos ‘Tsukuba’, ‘Umezeiro’ e ‘Seleção Viamão’ em relação aos demais porta-enxertos. No entanto, na safra 2015/2016, a EPVC foi maior nos porta-enxertos ‘Flordaguard’, ‘Seleção Viamão’, ‘Aldrighi’, ‘Capdeboscq’, ‘Okinawa’ e ‘Tsukuba’ em ralação ao ‘Nemaguard’ e ‘Umezeiro’. A EPDT não apresentou diferenças estatísticas nas safras 2014/2015 e 2015/2016, os porta-enxertos ‘Seleção Viamão’, ‘Flordaguard’, ‘Aldrighi’, ‘Capdeboscq’ e ‘Tsukuba’ apresentaram maior EPDT quando comparado ao porta-enxerto ‘Umezeiro’. Os pessegueiros ‘Maciel’ enxertados sobre oito porta-enxertos não apresentaram diferenças no comprimento e espessura do ramo produtivo e número de gemas nas safras avaliadas 2014/2015 e 2015/2016. Os porta-enxertos alteram a eficiência produtiva da cultivar Maciel, no entanto depende da safra e das condições climáticas. Os porta-enxertos não alteram a espessura e comprimento do ramo produtivo e número de gemas nas duas safras avaliadas.


Palavras-chave


Prunus persica, volume de copa, diâmetro de tronco

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