PESQUISA DO CUSTO DA CESTA BÁSICA DE ALIMENTOS DO MUNICÍPIO DE BAGÉ/RS: ESTUDO SOBRE AS OSCILAÇÕES DOS PREÇOS NO PRIMEIRO TIMESTRE DE 2016

RITA LUCIANA SARAIVA JORGE, RICARDO LEAL COUGO

Resumo


O curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da URCAMP, campus Bagé - RS pesquisa mensalmente o custo do cesto básico na cidade de Bagé-RS. O custo do cesto básico interfere em várias políticas públicas com destaque para o cálculo do valor do salário mínimo. Destacam-se três propostas de cestas básicas no país: a do Decreto Lei nº 399, de 1938; a do Programa de Orientação e Proteção Defesa ao Consumidor e Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (PROCON/DIEESE); e a do Estudo Multicêntrico do Ministério da Saúde. O cálculo apresentado a partir de janeiro do corrente ano  seguiu os critérios do Programa de Orientação e Proteção Defesa ao Consumidor e Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (PROCON/DIEESE). Os autores Oliveira e Thebaudmony ( 1998) afirmam que os hábitos de compra de alimentos  influenciam no padrão de consumo e na segurança alimentar das famílias. Os principais critérios para a escolha dos alimentos são o preço e a qualidade; para a escolha do local de compras é o preço e a higiene do local. Os hábitos de compra e de consumo de alimentos estão interligados e dependem de fatores econômicos e culturais. O objetivo desta pesquisa é levar ao conhecimento da população em geral as variações de preços nos produtos que compõe o cesto básico. Neste primeiro trimestre de 2016 o custo da cesta básica foi de R$ 381,18 e apresentou um pequena queda de 0,89% no custo dos produtos em Bagé em relação ao último trimestre de 2015 no que tange ao valor total da Cesta. Um dos produtos que vinha tendo as maiores elevações em 2015, o Tomate, neste primeiro trimestre teve uma considerável queda, na casa de 35%. De toda sorte, embora o País esteja diante de um quadro de crise, que neste momento vive uma fase aguda do ponto de vista político, o aspecto econômico também encontra-se em alta instabilidade, o que sugere que no decorrer do 2º trimestre possa voltar a afetar fortemente os produtos da cesta básica. Os produtos como arroz, feijão e leite fundamentais para a composição da mesa das famílias ainda permanecem com razoáveis índices de elevação de preços, ou seja, apresentam respectivamente os seguintes percentuais de aumento em relação ao quarto trimestres de 2015, 18%, 14,5% e 19%. Já a carne, produto que vinha tendo grandes elevações apresentou um índice bastante singelo de aumento com relação ao período de 2015, uma elevação de apenas 1,9%. De qualquer forma o primeiro semestre de 2016 deverá ser de grandes variações econômicas, o que refletirá nos produtos da Cesta Básica. Considera-se ainda outra questão importante que influencia diretamente nos produtos da Cesta que é a queda do dólar neste primeiro trimestre de 2016. Os dados do 2º trimestre de 2016 estão em análise para divulgação e socialização dos resultados ainda na primeira quinzena de julho deste ano. Com base nos resultados do 1º trimestre é possível afirmar que um trabalhador ganhando salário mínimo federal, hoje de R$ 880,00 que corresponde à 220 horas mensais de trabalho, necessita de 95 horas trabalhadas para adquirir os produtos que compõe a cesta básica de alimentos, de acordo com o DIEESE. Neste sentido considera-se que a tendência do custo dos produtos da cesta básica continue em elevação, visto que a atual crise econômica deve se prolongar pelo restante deste ano, sem perspectivas de reação favorável do mercado econômico.


Palavras-chave


Cesto básico, Preços, Salário Mínimo.

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