Fenologia e Acúmulo de Graus-Dia da Videira ‘Arinarnoa’ Cultivada no Município de Santana do Livramento/RS

Rayssa Marçal Pinto, Angélico Xavier Ferreira, Fabrício Domingues, VAGNER BRASIL COSTA

Resumo


A campanha gaúcha vem se destacando cada vez mais no setor da vitivinicultura, pois apresenta condições favoráveis de clima e solo, com invernos rigorosos e verões quentes e secos e uma boa amplitude térmica o que proporciona na uva uma boa maturação e compostos fenólicos. O município de Santana do livramento/RS está localizada no paralelo 31º, assim como muitos países que produzem vinhos de alta qualidade. A busca por novas cultivares com desempenho adequado para esta região está se difundindo com o passar dos anos. A cultivar Arinarnoa é de origem francesa, obtida através do cruzamento das uvas Tannat e Cabernet Sauvignon resultando em vinhos de grande complexidade e persistência aromática, bem estruturados tanto na acidez, como no álcool. O objetivo deste trabalho foi de avaliar a fenologia e a exigência térmica da cultivar Arinarnoa produzida no município de Santana do Livramento/RS, destinada a elaboração de vinhos finos. Os dados fenológicos e climáticos utilizados foram coletados por profissionais da Vinícola Almadén no próprio vinhedo comercial. A cultivar utilizada foi a Arinarnoa, conduzida sob o sistema de espaldeira. Os acompanhamentos fenológicos foram realizados semanalmente, através de avaliações visuais, durante oito ciclos, 2006/2007 a 2013/2014, sendo apresentados dados da necessidade térmica (Graus-dia, GD) e a necessidade em dias para o período do início da poda (IP) à fim da maturação (FM). Para exigências térmicas, foi utilizado o somatório de graus dias desde o início da poda até o final da maturação das uvas, seguindo a equação proposta por Villa Nova et al. (1972).  A fenologia foi avaliada de acordo com Eichorn & Lorenz (1984) avaliando-se os seguintes subperíodos fenológicos: início de poda a início de brotação (IP-IB) início de brotação a final de brotação (IB-FB), final de brotação a início de floração (FB-IF), início de floração a final de floração (IF-FF), final de floração a início de maturação (FF-IM) e início de maturação a final de maturação (IM-FM). Para o subperíodo fenológico IP-IB verificou-se uma necessidade média de 31 dias e um acúmulo térmico de 98,72 GD, já para estágio fenológico IB-FB foram necessários 8 dias e 45 GD, com relação aos subperíodos fenológicos FB-IF 39 dias e 227,08 GD, o período IF-FF acumulou 10 dias e 82,59 GD e para os subperíodos FF-IM e IM-FM foram necessários 54 dias e 615,69 GD, 55 dias e 715,63 GD, respectivamente. Em função dos resultados obtidos durante o período estudado, nas condições climáticas da campanha gaúcha, o ciclo da cultivar Arinarnoa apresentou duração média de 198 dias e 1.785 graus-dia acumulados. Sendo assim, a região em estudo satisfaz as condições climáticas para o bom desenvolvimento da cultivar Arninarnoa. 


Palavras-chave


Fenologia, Vitis vinifera, graus-dias

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