PRODUÇÃO DE CARVÃO ATIVADO A PARTIR DO RESÍDUO DA CASCA DA ACÁCIA NEGRA PARA ADSORÇÃO DE NIMESULIDA

Natallia Britto Azevedo Souza, Daniela da Silva Leon Bitencourt, Gabriela Silveira da Rosa, André Ricardo Felkl de Almeida

Resumo


Os contaminantes emergentes são poluentes encontrados em pequenas quantidades, mas que podem bioacumular e causar grandes estragos no meio ambiente e nos seres vivos, pois seus efeitos a longo prazo ainda são desconhecidos. Dentre esses contaminantes encontram-se os fármacos, que não são removidos em tratamento convencionais. Entre os processos geralmente utilizados nos tratamentos destaca-se a adsorção, uma técnica de baixo custo e fácil operação. A partir disso o presente estudo buscou produzir carvão ativado a partir do resíduo da casca da acácia negra para ser utilizado como adsorvente na remoção do anti-inflamatório nimesulida. O adsorvente foi caracterizado quanto sua massa específica, porosidade, diâmetro de partícula e área superficial específica, além das análises imediatas de teor de cinzas, materiais voláteis, umidade e carbono fixo. A caracterização do carvão ativado produzido apresentou resultados próximo ao carvão comercial, mas com a porosidade e área superficial especifica, 62,12 % e 74,13 % menor, respectivamente. Os ensaios de cinética e isoterma mostraram que o carvão produzido apresenta grande potencial de adsorção chegando a uma capacidade máxima de adsorção 36,08% maior que o carvão ativado comercial e se ajustando melhor ao modelo de cinética de pseudo segunda ordem e ao modelo de isoterma de Langmuir, além de alcançar o equilíbrio 115 minutos antes do carvão comercial.

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