A DOCÊNCIA REINVENTADA: OS PERCURSOS FORMATIVOS EM TEMPOS DE INOVAÇÃO

Mariel Moreira Barbosa

Resumo


Este artigo tem por objetivo abrangente refletir sobre alguns dos desafios e aprendizados mais relevantes nos percursos trilhados por estudantes de um curso de Licenciatura em Filosofia na Universidade Federal de Pelotas, cuja conclusão se deu durante a pandemia de covid-19 em 2020 e seus respectivos conflitos. Além disso, também busco apontar a relevância dos desafios e das dificuldades bem como a potência de se transformarem em aprendizagem de novas tecnologias e ferramentas de trabalho no campo da docência. A complexidade dessa experiência vivida por estudantes tanto como discentes do curso quanto como docentes no período do Estágio Obrigatório foi enormemente afetada pela imposição do distanciamento social e da consequente necessidade de reinvenção dos modos de ensinar e aprender. Minha metodologia utilizada neste artigo é a de análise reflexiva da experiência embasada pelo escopo teórico de autores como Paulo Freire e a Pedagogia da Autonomia, Edgar Morin e a Teoria da Complexidade, Maturana e Varela e os conceitos de autopoiese, dentre outros autores e filósofos clássicos e contemporâneos. Alguns dos resultados mais relevantes durante essa trajetória foram justamente a intensidade e a capacidade da aprendizagem e da reinvenção experienciada pelos então estudantes e hoje docentes. Em suma, desejo chamar a atenção para a importância da aceitação do novo em qualquer área de atuação, mas muito mais especificamente na área da Educação devido à sua inegável relevância para a sociedade e os demais campos do saber.


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