EFEITO DO 4-HEXILRESORCINOL NO CONTROLE DO ESCURECIMENTO ENZIMÁTICO EM MAÇÃS MINIMAMENTE PROCESSADAS

Jardel Araujo Ribeiro, Mauricio Seifert, Rufino Fernando Flores Cantillano, Elisa dos Santos Pereira, Taiane Mota Camargo, Vanessa Fernandes Araujo, Leonardo Nora

Resumo


Resumo - O processamento mínimo é uma das maneiras de incentivar o consumo e comercialização de frutas. A maçã tem disponibilidade no mercado durante todo o ano e potencial para ser comercializada minimamente processada. No entanto, essas frutas são suscetíveis ao escurecimento enzimático, o qual é um importante problema de qualidade que afeta o consumo, mas que pode ser controlado mediante o uso de produtos antioxidantes. O objetivo do presente trabalho foi avaliar uma nova alternativa de agente antioxidante e sua concentração mais adequada para manutenção de atributos físico-químicos, principalmente a cor, em maçãs 'Royal Gala', minimamente processadas, durante o armazenamento a frio. As maçãs procedentes de Vacaria/RS, após selecionadas e sanitizadas, foram cortadas em gomos, tratadas somente água destilada (controle experimental, CT), cloreto de L-cisteína 0,6 % (LC), 4-hexylresorcinol 0,1 % (4-HR 0,1 %), 4-hexylresorcinol 0,2 % (4-HR 0,2 %) e 4-hexylresorcinol 0,3 % (4-HR 0,3 %). Imediatamente após estes tratamentos, os gomos foram dispostos em bandejas de poliestireno expandido, recobertos com filme de PVC e armazenados a 4 ºC, com umidade relativa de 90 %. As avaliações foram realizadas após 0 dias (d), 3 d, 6 d e 9 d. Nenhuma das concentrações testadas de 4-HR (0,1 %, 0,2 % e 0,3 %) foi adequada para preservar a qualidade das maçãs minimamente processadas, pois uma avaliação visual permitiu constatar que as maçãs tratadas nas diferentes concentrações de 4-HR apresentaram acentuado escurecimento nos feixes vasculares e em algumas regiões do mesocarpo do fruto. Além disso, a eficácia das diferentes concentrações de 4-hexilresorcinol foi inferior a dos tratamentos LC e CT na variável luminosidade (L*). Todos os tratamentos com antioxidantes, independentemente da concentração, controlaram o escurecimento enzimático até o sexto dia de armazenamento, mas no nono dia, apenas o 4-HR 0,3 % foi eficiente. A enzima peroxidase foi inibida durante os nove dias de armazenamento, independentemente da concentração de 4-HR utilizada. Já a polifenoloxidase teve menor atividade apenas nas maçãs tratadas com 4-HR 0,2 % e 4-HR 0,3 %, até o sexto dia de armazenamento.

Palavras-chave


Antioxidantes, qualidade, pré-cortados, polifenoloxidase, peroxidase

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