SARAU NOTURNO: 10 ANOS DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL

CLARISSE OLIVEIRA

Resumo


Ao pensar em cemitérios a primeira imagem que vem à mente é de morte e de desolação, mas quando observa-se mais detalhadamente seu acervo escultórico, encontra-se com outra realidade. Cada cemitério é um museu que possibilita reconstituir a história das famílias tradicionais, a mobilidade social e sua mentalidade, fruto da importância política e da opulência econômica das cidades. Diante dessa perspectiva, em 2008, no município de Bagé (Rio Grande do Sul/Brasil), foi desenvolvido o projeto denominado Sarau Noturno, fruto de investigação desenvolvida nos túmulos, jazigos e mausoléus no Cemitério da Santa Casa de Caridade de Bagé (1858). O objetivo foi desenvolver nesse espaço um evento cultural para contar um pouco da história de Bagé e de seu imaginário simbólico, mesclando com passagens e personagens da literatura romântica. Trata-se de um projeto que amplia a metodologia da Educação Patrimonial, pois sensibiliza e convida a população a ver o acervo escultórico com “outros olhos” e perceber que o cemitério é um museu a céu aberto. O Sarau Noturno passou a atuar como mediador, aproximando a comunidade local da sua história e da arte cemiterial. Durante os 10 anos de atuação, de 2008 a 2018, o Sarau Noturno brindou o público com apresentações que destacavam a importância da preservação do patrimônio cultural local. Consagrou-se como um evento cultural reconhecido pela comunidade de Bagé, cuja projeção ultrapassou as fronteiras nacionais e internacionais.

Texto completo:

PDF

Apontamentos

  • Não há apontamentos.