POTENCIAL NUTRICIONAL E DESEMPENHO PRODUTIVO DAS PASTAGENS PERENES UTILIZADAS NA ALIMENTAÇÃO DO REBANHO LEITEIRO EM SC

Fabiana Schmidt, Vanessa Ruiz Favaro, Carlos Otávio Mader Fernandes

Resumo


O objetivo desse estudo foi avaliar as respostas produtivas, nutricionais e bromatológicas, ao longo do ano, das principais pastagens estabelecidas em propriedades leiteiras de SC. As coletas das amostras ocorreram em 25 propriedades localizadas em 8 regiões fisiográficas de SC durante 2 anos (2018 e 2019). As unidades experimentais amostradas foram piquetes de tifton 85, jiggs, capim elefante (Pioneiro e BRS Kurumi) e missioneira gigante (SCS315 Catarina Gigante) consorciadas com leguminosas ou sobressemeadas com pastagens de inverno. O potencial produtivo das pastagens de tifton 85 e jiggs variou de 18 a 21Mg (solteiro) a 32Mg (consorciados com aveias, azevéns) de MS ha-1 ano-1 e o valor nutritivo variou de 16 a 20% de PB e 60 a 65% de NDT. As pastagens de capim elefante produziram 35 a 45Mg de MS  ha-1 ano-1 e o valor nutritivo variou de 15 a 17% de PB e 60 a 65% de NDT. A missioneira gigante apresentou potencial produtivo de 18 a 21Mg (solteira) e 25 a 28Mg (consorciada) de MS  ha-1 ano-1  e valor nutritivo de 13 a 15% de PB e 60 a 65% de NDT. As quantidades médias de nutrientes exportadas pela forragem de tifton 85 consumida por vacas leiteiras ao longo do ano, em kg por tonelada de MS, variaram de 23 a 37 de N; 2,8 a 5,1 de P; 27 a 51 de K, e para a missioneira gigante foram de 18 a 22 de N; 2,5 a 3,3 de P e 23 a 31 de K. As exportações médias de Ca e Mg foram 5,3 a 6,8kg e 2,6 a 3,9kg, respectivamente, para ambas as espécies forrageiras. O conhecimento do valor nutricional de cada pastagem se mostrou importante para planejar a demanda alimentar das vacas leiteiras ao longo do ano pois a composição diferiu entre as pastagens.


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Referências


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