COMPORTAMENTO FENOLÓGICO DE VITIS VINIFERA L "CABERNET SAUVIGNON" SUBMETIDA A DIFERENTES ÉPOCAS DE PODA

STEFANIA MENDES MACIEL, ROSETE APARECIDA GOTTINARI KOHN, MARCELO BARBOSA MALGARIM, CARLOS SEBASTIAN PÉREZ LAMELA, ANA CARLA MARTINS MARURI DOS SANTOS, ESTÉFANI MADEIRA MANZKE

Resumo


A vitivinicultura é uma atividade de grande importância econômica e social na Região da Campanha Gaúcha, destacando-se na produção de uvas Vitis vinifera L. para a elaboração de vinhos.  A região da Campanha Gaúcha se estende ao longo da fronteira com o Uruguai, tendo como principais referências os municípios de Bagé, Dom Pedrito e Santana do Livramento. Entre algumas cultivares de uvas produzidas nesta região pode-se destacar a cultivar Cabernet Sauvignon. Caracteriza-se pela brotação e maturação tardia, média produção e elevada qualidade para a vinificação. Com todas as informações disponíveis sobre o ciclo fenológico da planta, é possível identificar os fatores envolvidos no seu desenvolvimento, facilitando o manejo. O trabalho teve como objetivo avaliar o comportamento fenológico da cultivar Cabernet Sauvignon sobre diferentes épocas de poda seca. O experimento foi conduzido em um vinhedo comercial implantado no ano de 2001 conduzido em sistema espaldeira sobre o porta enxerto SO4, localizado no município de Dom Pedrito, Rio Grande do Sul na safra 2015/2016 durante o período de maio de 2015 a fevereiro de 2016 O delineamento experimental foi inteiramente casualizado constando de quatro tratamentos e três repetições. Os tratamentos foram as diferentes épocas de poda seca, realizadas em maio, junho, julho e agosto. Os demais tratos culturais foram realizados de acordo com o protocolo da empresa. As avaliações fenológicas observadas ao longo do ciclo da cultura foram: brotação, floração, frutificação início da mudança de cor e final da mudança de cor. Foi contabilizado o dia inicial e a duração de dias de cada fase. Os dados foram submetidos à análise de variância (Anova) e comparação de médias pelo teste de Tukey a 5%. Os resultados mostraram que a poda de junho provocou uma antecipação em todos os estádios fenológicos. Para o estádio fenológico de brotação, a poda de maio e julho não diferiram, pois brotaram no mesmo período, enquanto que a poda de agosto induziu a uma brotação mais tardia. Do período de brotação até a frutificação as podas de maio e julho não diferiram, porém a poda de julho iniciou e finalizou a mudança de cor antecipadamente. O início da mudança de cor não diferiu estatisticamente para a poda antecipada de maio e a tardia de agosto. Portanto, a poda tradicional realizada em julho antecipa a brotação estando sujeita a danos causados pelas geadas primaveris. Diferentes épocas de poda seca possibilitam o escalonamento da mão de obra fora de períodos tradicionais.

 


Palavras-chave


uva, estádios fenológicos, maturação

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