EFEITO DO MUTAGÊNICO METILMETANOSULFONATO EM PHYSALIS

MARCIO SANTOS

Resumo


No Brasil existe uma grande demanda por frutos de Physalis peruviana e mesmo frente ao seu potencial econômico, não ha cultivares melhoradas, o que impede a expansão da cultura. O principal entrave para o melhoramento genético está relacionado com a base genética restrita que a espécie apresenta. Deste forma, a indução mutacional com agente químico pode ser uma importante ferramenta para o incremento na variabilidade genética. Por isso, o presente trabalho teve por objetivo avaliar o efeito da exposição de sementes de physalis em diferentes doses de metilmetanosulfonato (MMS) aliado a pré-embebição em água. Para isso, as sementes foram submetidas aos tratamentos de embebição (com e sem) e expostas a uma solução líquida do agente mutagênico por 2 horas, utilizando-se as doses de 0, 0.75, 1.5, 3, e 6% v/v do produto ativo. A semeadura foi realizada em bandejas de isopor contendo substrato comercial Mac plant©, e mantidas em casa de vegetação. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado em esquema fatorial 2 x 4, com 3 repetições. Avaliou-se a porcentagem total de germinação, número de plântulas anormais, número de folhas por plântulas, comprimento de raiz, estatura de plântulas e a sobrevivência. Os resultados demonstraram que a embebição em água potencializa os efeitos do mutagênico, resultando em mudanças significativas para o comprimento de raiz e estatura de plântulas. Em relação às doses avaliadas, todas as variáveis apresentaram comportamento diferenciando quando comparados com o grupo controle, exceto para o número de folhas por plântulas. Considerando que o aumento da dose resulta em maior frequência de mutações, mas reduz a sobrevivência das plântulas, pode-se inferir que uma faixa entre 3,3 a 4,8 % de MMS, pode ser utilizada para a indução de mutações para a espécie sem prejuízo para a sobrevivência das plântulas.

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