Segregação para ausência de espinhos em progênies de amoreira-preta

Maximiliano Dini, Silvia Scariotto, Priscila Monalisa Marchi, Maria do Carmo Bassols Raseira, Andressa Vighi Schiavon

Resumo


A presença de espinhos nas hastes e folhas das plantas de amoreira-preta dificulta o manejo cultural, como a poda e a colheita. O desenvolvimento de cultivares sem espinhos tem sido um dos principais objetivos dos programas de melhoramento desta cultura no mundo. Este trabalho teve como objetivo testar se há correlação entre a densidade e tamanho de espinhos dos genitores com a frequência de indivíduos sem espinhos nas suas progênies; além de comparar os genitores quanto ao número e tamanho de espinhos e testar a correlação entre esses caracteres. O trabalho foi realizado na Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS, nos anos 2016 e 2017. Foram utilizadas doze progênies obtidas por autofecundação das seleções Black 132, Black 141, Black 183, Black 190, Black 219, Black 229, Black 230, Black 241, Black 274, Black 275, Seleção 21/96 e Seleção 22/96. Para isso, foram ensacadas flores, em estádio de balão, de cada seleção. As sementes extraídas foram escarificadas em ácido sulfúrico e acondicionadas sobre papel filtro embebido em solução com fungicida, e em seguida foram embaladas em sacos plásticos e colocadas em câmara fria (4±1°C) até ser observada a emissão dos primórdios radiculares. As sementes foram então, transferidas para caixas de germinação. Quando as plântulas apresentavam os cotilédones totalmente visíveis, avaliou-se em lupa binocular a presença ou ausência de pelos glandulares nos cotilédones de cada indivíduo das progênies. Também foram analisadas a densidade e tamanho dos espinhos em cinco clones de cada seleção utilizadas como genitores, e os dados foram submetidos à análise da variância e ao teste de agrupamento de Scott-Knott. As variáveis mensuradas, tanto nas seleções quanto a frequência de indivíduos sem espinhos nas progênies, foram submetidas à correlação linear de Pearson. Os caracteres de densidade e tamanho de espinhos dos genitores não estão correlacionados com a frequência de indivíduos sem espinhos nas suas progênies. Nas seleções utilizadas como genitoras existe ampla variabilidade quanto ao número e tamanho de espinhos. Os caracteres número, comprimento, largura e espessura de espinhos entre as hastes primárias e secundárias estão altamente correlacionados, não existindo necessidade de avaliar separadamente os dois tipos de brotações.

Palavras-chave


melhoramento genético, pequenas frutas, Rubus spp.

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